Em seu primeiro Sete de Setembro como presidente efetivo da República, o presidente Michel Temer quebrou protocolos tradicionais do desfile cívico-militar, mas não conseguiu escapar de críticas de parte dos presentes por ter sido protagonista do impeachment da petista Dilma Rousseff. Ao contrário dos antecessores, Temer não desfilou no tradicional Rolls Royce, de capota aberta, optando por um chevrolet omega oficial, fechado. Tampouco passou em revista às tropas militares. E ainda foi para o palanque reservado às autoridades sem ostentar a faixa presidencial.
Mesmo assim, ao chegar ao palanque, durante a execução do Hino Nacional e ao longo do sobrevoo da Esquadrilha da Fumaça pelos céus da Esplanada, escrevendo ;Orgulho de Ser Brasileiro;, o peemedebista foi vaiado, ouviu o conhecido bordão ;Fora, Temer;, e gritos de ;Fascitas, golpistas, não passarão;. Os ataques vinham da arquibancada, reservada a populares, localizada praticamente em frente ao setor fechado para as autoridades federais.
Mas Temer também recebeu manifestações de apoio da mesma arquibancada. À semelhança do duelo de torcidas em estádios de futebol, um grupo de pessoas gritou o nome do presidente da República e a frase, também já conhecida das manifestações favoráveis ao impeachment, ;A minha bandeira jamais será vermelha;, em uma alusão às cores do PT, e ;Brasil para frente, Temer presidente;.
Todas as quebras de protocolo feitas por Temer foram decididas com antecedência e comunicada aos assessores e ministros mais próximos. No caso da faixa presidencial, por exemplo ; que virou alvo de disputa durante o período de interinidade, quando aliados palacianos chegaram a dizer que ela havia desaparecido ; o presidente repetiu a decisão de não usá-la, a exemplo do que aconteceu na cerimônia de posse, na semana passada.
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