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Dilma não deve deixar a política, diz Lindbergh

O senador esteve nesse fim de semana no Rio de Janeiro, onde disse ter conversado com eleitores. Em sua percepção, Dilma saiu com mais empatia do processo de impeachment



Segundo Lindbergh, Dilma também perguntou sobre como foram os últimos protestos contra o governo Michel Temer que aconteceram em diferentes capitais no último final de semana. O senador está empolgado com as manifestações contra o governo. "Isso vai crescer, é uma sequência. Vai ter pressão de rua e essas mobilizações vão ser a preocupação de Temer", disse.

O senador avisou que novos protestos já estão agendados para o próximo domingo em São Paulo. Na opinião do petista, o primeiro efeito das mobilizações é dificultar a votação de medidas impopulares, como a reforma trabalhista e o Programa de Participação de Investimentos (PPI).

Obstrução


Lindbergh afirmou que a bancada está preparada para entrar em obstrução na próxima quinta-feira (8/9) quando está agendada a votação de duas medidas provisórias enviadas pelo governo Temer, da reforma administrativa e do PPI.

"Quinta-feira, vamos obstruir. Não vamos nem marcar presença. O objetivo é fazer os projetos caírem e impor uma derrota ao governo Temer", disse. As duas MPs têm prazo de validade até essa quinta e, caso não sejam votadas, o governo terá de enviar novo texto ao Congresso.

O senador alega que o PPI é uma medida grave, que "abre a porteira para a privatização". Ele também argumenta que o projeto simplifica questões de licenciamento ambiental e também sofre resistência entre grupos de preservação da natureza.

Aumento STF


Também estão na pauta da próxima quinta-feira no Senado dois requerimentos que pedem urgência na votação do aumento salarial para os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e para o procurador-geral da República. Nesse aspecto, não há consenso na bancada do PT.

Enquanto Lindbergh se diz contra o aumento, o senador Humberto Costa (PT-PE), líder do PT, se posicionou favorável. A questão não foi fechada na bancada e os parlamentares devem votar como acharem conveniente. A matéria conta com forte resistência dentro da própria base do governo Temer. O PSDB se posicionou claramente contra os projetos.