[SAIBAMAIS]Tanto para aliados quanto para adversários de Cunha, a decisão do presidente do STF, Ricardo Lewandowski, de aceitar votar em separado o impeachment e a inabilitação para o serviço público de Dilma criou um "precedente" para a votação da cassação do deputado afastado. "Ou vale para todo mundo ou não vale para ninguém", afirmou o líder do PP, Aguinaldo Ribeiro (PB).
Precedente
O adiamento da votação da cassação de Cunha, porém, não é consenso entre os aliados do deputado afastado. Em reservado, alguns defendem votar a perda de mandato de Cunha logo, para tentar emplacar o precedente do Senado, antes de a Corte decidir definitivamente sobre a questão. No entanto, caso o Supremo desfizesse o precedente criado, a votação da cassação poderia se tornar nula no futuro.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), também concorda que a decisão do STF em relação ao impeachment abriu um precedente, mas reafirmou na quinta-feira, 1;, que vai manter a votação da cassação de Cunha para 12 de setembro.
Parecer
Técnicos da Câmara ouvidos pelo jornal O Estado de S. Paulo avaliam que o fatiamento da votação do impeachment não cria precedente para a votação de cassação de Cunha. Lembram que a habilitação para o serviço público de Dilma pode ser votada separadamente no Senado, porque ela já constava no parecer que estava sendo votado. Ou seja, não foi incluída por meio de um texto novo.