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Politica

Analistas explicam os efeitos diretos do impeachment na política

Se por um lado o PT, partido ao qual Dilma Rousseff e Lula são filiados, deve encolher, por outro, partidos hoje no governo podem crescer pouco

Candidatos petistas, como Fernando Haddad (SP), estão com dificuldades para explicar crise  aos eleitores

Partidos que apoiaram a deposição da presidente Dilma Rousseff, à beira da cassação do mandato, podem ter um desempenho aquém do esperado nas eleições municipais deste ano, segundo analistas políticos ouvidos pelo Correio. Por outro lado, o PT deve ser o maior prejudicado, com perdas de 30% a 50% do número de prefeituras. Os grandes beneficiados deverão ser a Rede Sustentabilidade, da ex-ministra Marina Silva, e o PDT, turbinado pela ação dos irmãos Cid e Ciro Gomes no Ceará.

Segundo o diretor de Documentação do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), Antônio Augusto de Queiroz, o Toninho do Diap, não há dúvidas de que o PT deve ser o maior prejudicado. Em abril, a contabilidade apontava que 135 dos 638 prefeitos eleitos pela legenda em 2012 já haviam deixado a sigla, boa parte temendo os efeitos negativos na imagem dos petistas provocados pelas provas de corrupção obtidas pela Operação Lava-Jato. Só haveria 503 prefeituras sob o comando do partido que comandava o Palácio do Planalto até o afastamento de Dilma, em maio.

Para Toninho, a queda pode girar na casa dos 30% em relação, inclusive, a essas prefeituras que sobraram. O cientista político Cristiano Noronha, pós-graduado em administração pública e Mestre em Ciências Políticas pela Universidade de Brasília, entende que a causa para o estrago no PT não é o impeachment em si, mas os fatos que levaram ao processo contra Dilma: o desgaste da Operação Lava-Jato na legenda e em seu maior líder, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, os desvios de dinheiro identificados na Petrobrás e a deterioração da economia brasileira.

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