O Tribunal de Contas da União (TCU) concedeu nesta quarta-feira, 24, mais 15 dias para que a presidente afastada Dilma Rousseff apresente suas explicações para irregularidades apontadas nas contas de 2015, entre elas as citadas no processo de impeachment. O prazo venceu na véspera, mas a petista alegou não ter recebido todas as informações requisitadas aos órgãos de governo.
Esta é a segunda prorrogação autorizada pela corte. Em junho, o TCU apontou 23 impropriedades nos balanços de 2015 apresentados pelo governo, abrindo prazo de 30 dias para Dilma entregar justificativas. No mês passado, a presidente afastada requereu o primeiro adiamento, alegando que o tempo não seria suficiente para elaborar a defesa. O tribunal, então, esticou o prazo em 30 dias.
Na sessão desta quarta, o relator do processo, José Mucio Monteiro, afirmou que as algumas provas complementares ainda estão fora do alcance da presidente e propôs que os demais ministros aceitassem o pedido, em caráter agora definitivo e improrrogável.
Um ofício da própria Advocacia-Geral da União (AGU), entregue ao relator, atestou que parte dos dados ainda não foi entregue "por atraso". A pasta, no entanto, se comprometeu a apresentá-los em cinco dias.
O novo prazo venceria em 7 de setembro, mas, como se trata de feriado, os documentos poderão ser entregues ao TCU no dia seguinte.
Depois de receber a defesa, o TCU vai decidir se dá parecer pela reprovação ou a aprovação das contas de 2015. A corte entendeu que cabia a rejeição ao apreciar os balanços de 2014.