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TSE vê fornecedoras de fachada na campanha de Dilma e Temer

Com o fim da fase de perícia, a relatora do caso, ministra Maria Thereza de Assis Moura, já agendou os depoimentos das testemunhas



[SAIBAMAIS]Em abril, a relatora autorizou o início da colheita de provas para a ação proposta pelo PSDB que investiga se houve abuso de poder político e econômico pela campanha vencedora, composta pela chapa PT-PMDB, nas eleições presidenciais de 2014. A ação de investigação que corre no TSE pode resultar na cassação dos mandatos de Dilma e Temer e na inelegibilidade dos dois. Se o impeachment de Dilma for confirmado pelo Senado, o processo ainda continua no TSE.

Depoimentos
Ao menos dez testemunhas serão ouvidas em setembro pela Justiça Eleitoral, segundo despacho da relatora. Serão ouvidos no dia 16 de setembro, no Rio, o ex-gerente da Petrobrás Pedro Barusco; os lobistas Hamylton Pinheiro Padilha Junior e Zwi Skornicki ; apontado como operador de propina da Odebrecht no exterior ;; e o ex-diretor do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada Marcelo Néri.

No dia 19 de setembro, serão ouvidos em São Paulo os empresários Augusto Mendonça (da Toyo Setal), Eduardo Hermelino Leite (da Camargo Corrêa) e Ricardo Pessoa (do UTC), além do lobista Julio Camargo e os executivos Flávio Barra e Otávio Marques de Azevedo, ligado à Andrade Gutierrez.

A ministra solicitou cópia das delações de Pessoa e de nomes ligados à Andrade Gutierrez ; a colaboração de executivos da Andrade, porém, é mantida sob sigilo no Supremo Tribunal Federal. A defesa de Dilma afirmou que só vai se manifestar após ver o laudo completo da perícia.