Citada em delações feitas no âmbito da Operação Lava-Jato, como a do ex-líder do governo dela no Senado e senador cassado, Delcício Amaral, a presidente afastada voltou a se defender dessas acusações e disse que não teme ser condenada e presa. "Eu sei o que eu fiz", declarou.
A presidente afastada disse que "nenhum empreiteiro" pode afirmar que deu alguma contribuição financeira para ela. "Pode dizer que deu para minha campanha", afirmou. Ela ressaltou que a relação dela com Marcelo Odebrecht, que negocia processo de delação premiada, foi "bastante profissional".
Lealdade
A petista afirmou que tem uma lealdade "pessoal" e "política" ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Para ela, Lula está "só no início (da luta política) outra vez", por três fatores: a força política dele, o fato de ele ter sido, na avaliação dela, um bom presidente e pela disposição do petista. A presidente da República afastada disse também achar uma "temeridade" a Justiça eventualmente determinar a prisão de Lula "Principalmente porque tenho certeza que ele é absolutamente inocente daquilo que está sendo acusado", afirmou.
Dilma ainda negou que esteja se sentido abandonada por seu partido desde que foi afastada temporariamente do mandato pelo Senado, em maio deste ano. "De maneira alguma. É o PT que me acompanha diariamente aqui (no Palácio da Alvorada, onde mora e despacha)", disse. (Igor Gadelha)