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Politica

Dilma Rousseff será ouvida pelo Senado em 29 de agosto

Dilma já está redigindo o seu pronunciamento no Senado e terá a opção de apenas discursar e se retirar da sessão

A presidente afastada Dilma Rousseff prestará depoimento no Senado em 29 de agosto, para se defender na fase final do processo de impeachment. A data foi acertada durante reunião nesta quarta-feira (17/8), entre lideranças partidárias, o presidente do Senado, Renan Calheiros e o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski.

Dilma já está redigindo o seu pronunciamento no Senado e terá a opção de apenas discursar e se retirar da sessão. O julgamento final do impeachment começa no dia 25 de agosto e pode seguir durante o fim de semana, até segunda-feira (29). A presidente afastada deve se manifestar após todas as testemunhas de defesa e acusação.

Carta

Nessa terça (16/8), durante a leitura da carta, Dilma defendeu a convocação de um plebiscito para encurtar o seu mandato e antecipar as eleições de 2018, pregou um pacto pela unidade nacional e disse que sua deposição seria um "inequívoco golpe". Dilma se definiu como "honesta e inocente", admitiu erros e afirmou não ser legítimo afastá-la pelo "conjunto da obra".

[SAIBAMAIS]"Não é legítimo, como querem os meus acusadores, afastar o chefe de Estado e de governo pelo "conjunto da obra" (...). Por isso, afirmamos que, se consumado o impeachment sem crime de responsabilidade, teríamos um golpe de Estado", disse a petista. "O colégio eleitoral de 110 milhões de eleitores seria substituído, sem a devida sustentação constitucional, por um colégio eleitoral de 81 senadores. Seria um inequívoco golpe seguido de eleição indireta."