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Politica

Paulo Rocha defende Dilma e diz que hoje 'é um dia ruim para a democracia'

Já o senador Reguffe (sem partido-DF) reafirmou o seu voto a favor do impeachment

Em seu discurso na sessão do Senado de pronúncia do processo de impeachment de Dilma Rousseff, o senador Paulo Rocha (PT-PA) afirmou que existe uma aliança política "com cheiro de golpe" contra a presidente afastada. "Onde está o crime que a presidenta cometeu?", questionou. Rocha lamentou a votação e afirmou que hoje é um dia ruim para a democracia. "A democracia está indo pra o ralo (...) A briga não é só pela retomada do governo da presidenta Dilma. É pela retomada da democracia."

Sem declarar o voto, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), defendeu a convocação de novas eleições, reforçando o discurso do partido de "nem Dilma, nem Temer". "O que mudou no Brasil nesses três meses? O bem mais comum na mesa do brasileiro, o feijão, teve um aumento de dez reais o quilo", criticou, referindo-se ao período em que o presidente em exercício Michel Temer assumiu provisoriamente o comando do Executivo.

"A que serve este processo de impeachment? Na prática, como um ato contínuo de retirada de direitos dos trabalhadores. Eu não canso de destacar, já tentaram me convencer do contrário mas não conseguiram, os chamados decretos de suplementação orçamentária foram assinados pela presidente Dilma e pelo presidente interino Se a presidente tem que ser afastada, o presidente interino tem que ser quatro vezes afastado", refletiu.

Já o senador Reguffe (sem partido-DF) reafirmou o seu voto a favor do impeachment. "Meu voto é a favor do julgamento. Meu voto é a favor da finalização do processo do impeachment", declarou. Em sua fala, o parlamentar acusou o governo Dilma de desrespeitar a Constituição e gastar mais do que era permitido.

"No Estado democrático de direito, o governante não tem uma carta em branco para fazer o que quiser. Ele precisa respeitar a Constituição Federal", disse. "Um governo não pode gastar mais do que arrecada. Isso para mim é princípio. Quando o governo gasta mais do que arrecada, quem paga a conta é o contribuinte, no aumento de impostos", avaliou.