<img src="https://imgsapp2.correiobraziliense.com.br/app/noticia_127983242361/2016/08/01/542484/20160801003445509541a.jpg" alt="Dos 57 senadores que já declararam o voto, 39 estão decididos pela cassação da petista - 18 são contra. Decisão deve sair até 2 de setembro" /><br /><br />A um mês da votação final do impeachment no Senado, os apoiadores da presidente afastada, Dilma Rousseff, ainda não conseguiram ;virar; votos para recolocar a petista no Palácio do Planalto. Nem o próprio PT parece ter fôlego para reverter o jogo. Levantamento do Correio, realizado com 81 senadores, aponta que a situação está praticamente definida. Dos 57 parlamentares que declararam como vão votar, 39 se posicionaram pelo afastamento definitivo de Dilma e 18 contrários. Para afastar a presidente definitivamente, são necessários 54 votos. Dos 17 que não externaram como pretendem votar, 11 declararam o ;sim; durante a primeira votação no Senado, em maio, que deu seguimento ao processo de impedimento, três disseram ;não; e três não votaram. Dois senadores, Romário (PSB-RJ) e Lúcia Vânia (PSB-GO), que apoiaram a admissibilidade do impeachment, não foram localizados.<br /><br />[SAIBAMAIS]Ao contrário do que aconteceu às vésperas da votação na Câmara, com uma intensa tentativa de convencer parlamentares a ;dizer não ao golpe;, hoje, a articulação política no Senado para reverter os votos pró-impeachment segue tímida. Integrantes do PT revelam reservadamente que pode até ser melhor para o partido que Temer siga até 2018. Dessa maneira, a sigla se reorganizava e apostava todas as fichas em Lula, que já percorre o país para tentar resgatar sua imagem, bombardeada pelos efeitos da Operação Lava-Jato.<br /><br />Os 10 senadores da bancada do PT no Senado tinham fechado questão e apoiaram integralmente a convocação de um plebiscito para a população brasileira decidir sobre a realização de eleição presidencial neste ano. Mas a proposta perdeu força pela indefinição da própria presidente afastada e do comando do partido. Agora, a estratégia é divulgar uma carta ao povo brasileiro. No documento, Dilma explicaria o que faria em caso de retorno.<br /><br /><strong>Bloco da interrogação</strong><br />De acordo com o levantamento do Correio, ainda há o bloco daqueles senadores que se dizem indecisos. São eles: Eduardo Braga (PMDB-AM), Omar Aziz (PSD-AM), Pedro Chaves (PSC-MS) e Acir Gurgacz (PDT-RO). Os novos oposicionistas esperavam contar com o voto de Braga, no entanto, circula a informação nos corredores do Senado de que ele fechou com Michel Temer e votará pelo afastamento da petista.<br /><br />Nos bastidores, comenta-se que ele espera que o presidente interino ajude a fazer com que o processo de cassação do governador do Amazonas, José de Melo, que se encontra no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), tenha celeridade. Em caso de cassação, Braga assumiria o posto, já que ficou em segundo lugar nas eleições. Em janeiro, Melo teve mandato cassado por compras de votos e recorreu da decisão.<br /><br />O voto de Omar Aziz (PSD-AM), que se posicionou a favor do impedimento na primeira votação, pode mudar justamente em razão da articulação entre Braga e Temer. Ele é desafeto do senador e aliado do governador José de Melo. Petistas ouvidos reservadamente dizem que dificilmente Braga votará contra o impeachment. No início da semana, ele se reuniu oficialmente com o presidente interino. A assessoria de imprensa de Braga confirmou o encontro, mas comunicou que ele é relator do Orçamento e que esteve uma hora antes com o ministro do Planejamento, Diogo Oliveira, para tratar de fundos setoriais. Braga não votou em maio porque estava de licença médica.<br /><br />A matéria completa está disponível<a href="http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/cidades/2016/07/30/interna_cidades,213769/corrida-por-boas-vendas.shtml"> </a><a href="http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/cidades/2016/07/30/interna_cidades,213769/corrida-por-boas-vendas.shtml">aqui</a>, para assinantes. Para assinar, clique <a href="https://www2.correiobraziliense.com.br/seguro/digital/assine.php">aqui</a>