Politica

Rio2016: governo corre para garantir contingente de profissionais

Empresa rompe contrato e militares assumirão raios-X nas arenas

postado em 30/07/2016 08:49
Alexandre de Moraes anunciou que a Força Nacional assumirá o serviço depois que a empresa responsável abandonou o contrato às vésperas dos Jogos

A Força Nacional de Segurança assumirá o controle dos portais de raios-X nas arenas olímpicas. A medida foi anunciada ontem pelo ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, durante evento no Rio de Janeiro. O governo havia contratado a empresa Artel para o serviço. A firma alegou dificuldades financeiras e contratou apenas 500 dos 3.400 agentes planejados. Segundo Alexandre de Moraes, o presidente em exercício, Michel Temer (PMDB), editou medida provisória que permitiu à Força Nacional incorporar PMs inativos há até cinco anos para reforçar o efetivo que atuará nos Jogos. ;Com esse abandono contratual, a Artel será multada por sua incompetência e irresponsabilidade. A Olimpíada não sofrerá nenhum prejuízo porque terá a melhor PM, que vai garantir 100% da segurança dos locais olímpicos;, disse.

[SAIBAMAIS]Em 5 de julho, o Ministério da Justiça havia anunciado a contratação da empresa Artel para assumir os portais justamente porque não havia número suficiente de agentes da Força Nacional. Estava prevista a mobilização de 9,6 mil agentes e acabaram sendo reunidos apenas 5 mil. Moraes pediu, então um reforço de São Paulo, que enviou a maior equipe para o Rio de Janeiro: 1 mil agentes, que chegaram nesta quinta e sexta-feira.



Alexandre de Moraes defendeu que o Comitê Olímpico Internacional (COI) reveja o esquema de revista e raios-X das arenas olímpicas. Ele lembrou que a contratação de mão de obra para esse serviço já havia falhado em Londres, em 2012, quando a empresa contratada teve de ser substituída pelas Forças Armadas. ;É importante para que o COI passe a analisar esse questão. É a segunda vez que o requisito estabelecido pelo COI não é cumprido. Para as próximas Olimpíadas, é bom pensar uma forma desde o início que seja ou uma força de segurança, ou uma força militar;, afirmou.

O ministério tentou ainda chamar outra empresa classificada na licitação, mas que havia cobrado R$ 74 milhões para fazer o serviço e não aceitou baixar o valor para os R$ 17,5 milhões que a Artel cobraria. Coube à Força Nacional de Segurança assumir a função. ;A convocação dos funcionários foi feita na última semana. Por isso o atraso não pôde ser detectado antes;, disse Alexandre Moraes. Segundo ele, a empresa estava idônea.

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