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Ministério da Cultura exonera 81 funcionários, de vários cargos, de uma vez

De acordo com a pasta, "as exonerações fazem parte da reestruturação da pasta e do plano de valorização dos servidores de carreira, anunciado pelo ministro Marcelo Calero"

O Ministério da Cultura exonerou, nesta terça-feira (26/7), 81 comissionados que ocupavam cargos de confiança, direção, coordenação e cúpula de algumas instituições ligadas à pasta.

[SAIBAMAIS]Segundo informações publicadas no Diário Oficial da União, a Cinemateca Brasileira, em São Paulo, teve cinco diretores exonerados, entre eles, Olga Toshiko Futemma, coordenadora-geral, Alexandre Myaziato, Adinael Alves de Jesus, Nacy Hitomi Korim e Daniel Oliveira Albano. Da Diretoria do Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas foram exonerados, entre outros, o coordenador-geral, José Roberto da Silva. Outros funcionários demitidos estavam em diretorias do Ministério, como a coordenadora-geral de prestação de contas da Diretoria de Incentivo à Cultura, Denise Terra Nunes Ribas, e em outras instituições, como o diretor do Museu Villa-Lobos, no Rio, Wagner Tiso Veiga. Também há mudanças em superintendências regionais do Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

Em nota, o Ministério ressaltou que as pessoas exoneradas "não tinham vínculo com o serviço público federal" e que "as exonerações fazem parte da reestruturação da pasta e do plano de valorização dos servidores de carreira, anunciado pelo ministro da Cultura, Marcelo Calero, por ocasião de sua posse". A nota diz ainda que "a maior parte dos cargos será preenchida por servidores concursados que ocuparão cargos de chefia" e que um processo seletivo para preenchimento desses cargos será aberto quando a reestruturação do Ministério da Cultura for homologada pelo Ministério do Planejamento.

O ex-secretário executivo do Plano Nacional do Livro e Leitura (PNLL), José Castilho Marques Neto, criticou o que chamou de "desmanche". "Esses fatos são de alta gravidade e indicam um esvaziamento, com evidentes sinais de possível futura extinção, da DLLLB", escreveu em sua página no Facebook. "A história recente provou que sem uma Diretoria do Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas forte e atuante o MinC não realizará nenhum programa ou ação relevante nesta área. Sobrarão discursos e faltarão ações e desdobramentos que cumpram as aspirações republicanas e de políticas de Estado do Plano Nacional do Livro e Leitura."

Castilho menciona também a transferência da DLLLB da Secretaria Executiva do MinC para a Secretaria da Cidadania e Diversidade Cultural (SCDC), mas essa informação não consta no Diário Oficial desta terça-feira, e não foi confirmada pela assessoria do Ministério.

Com informações da Agência Estado