Jornal Correio Braziliense

Politica

Temer esclarece comentário sobre ver 'com bons olhos' redução de juros

"O Banco Central tem plena autonomia para definir a taxa de juros. A política monetária tem como prioridade combater a inflação, este é o objetivo central do meu governo%u201D, afirmou a jornalistas, por meio da Secretaria de Imprensa da Presidência

O presidente em exercício Michel Temer rebateu as explicações do ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, nesta quarta-feira (20/7) sobre Temer ;ver com bons olhos; uma eventual redução da taxa de juros.

"O Banco Central tem plena autonomia para definir a taxa de juros. A política monetária tem como prioridade combater a inflação, este é o objetivo central do meu governo;, afirmou a jornalistas, por meio da Secretaria de Imprensa da Presidência.

No final da manhã, o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, havia informado que Temer via ;com bons olhos; uma eventual redução embora a decisão final seja do Banco Central. A expectativa é que o Comitê de Política Monetária (Copom) decida ainda nesta quarta-feira se eleva ou reduz a taxa.

Se analisarmos todos os indicadores, vamos ver que os economistas do Brasil estão dizendo que forçosamente teremos queda nos juros. Isso agrada o presidente, e ele vê com bons olhos se nós pudermos (reduzir a taxa Selic). Mas temos que respeitar a autonomia do BC;, disse Padilha, após uma reunião no Palácio do Planalto.

Esta é a primeira reunião do Copom presidida pelo novo presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn. A taxa de juros atualmente está em 14,25% ao ano e é a maior dos últimos dez anos.

A Secretaria de Imprensa afirmou que o presidente não quis corrigir o ministro Padilha, mas apenas tranqüilizar o mercado de possíveis especulações. Padilha também comentou sobre o contingenciamento de despesas de 2016.

"O que temos de verdade é que o governo trabalha com limites mínimos, mas, por certo, temos gorduras em determinas áreas que pretendemos incrementar o trabalho. É fazer mais com menos. Seria fundamental que não tivéssemos novos contingenciamentos. O governo esgotará todas as alternativas para que não haja contingenciamento;, disse o ministro.