Esquerda frágil
Além dos grupos que sustentam o governo Michel Temer, a oposição ; capitaneada pelo PT ; tem cinco partidos e 97 deputados. Carlos Melo, do Insper, comentou que esse grupo foi a base de sustentação da gestão de Lula e de Dilma Rousseff durante os seus mandatos presidenciais e teve a imagem profundamente afetada pelos sucessivos escândalos de corrupção dos últimos anos. ;A polaridade entre esquerda e direita não existe mais. Atualmente, temos uma tensão natural entre o fisiologismo e a necessidade de se construir uma agenda para a retomada do crescimento do país;, disse.
O analista político do Diap também ressaltou que, em meio aos interesses distintos dos três grupos políticos que se formaram na Câmara, o PMDB, partido do presidente da República interino com 66 parlamentares, será o fiel da balança nas principais discussões da Casa. Queiroz explicou que a agremiação possui diversos grupos ligados ao agronegócio e a setores econômicos que possuem pautas no parlamento. ;O PMDB prega independência e será relevante para que o governo aprove os projetos do seu interesse;, afirmou.
Para Queiroz, a tendência é que o Centrinho ganhe espaço na condução dos assuntos de interesse do governo já que a pauta será dominada por assuntos econômicos e de reformas para equilibrar as contas públicas. Já o Centrão precisará de um líder para aglutinar os interesses fisiológicos do grupo. ;Por fim, a oposição terá de se reinventar depois de todo o desgaste político;, comentou.