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É preciso interromper controle de Cunha sobre a Câmara, diz Dilma

A presidente afastada também voltou a dizer que é vítima de uma injustiça, mas que acredita na reversão do impeachment na votação do Senado



"Para um eventual segundo turno, espero que vença o candidato que tenha mais idoneidade e espero também que seja alguém que não tenha votado pelo impeachment", afirmou Dilma.

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Na entrevista, a presidente afastada voltou a dizer que é vítima de uma injustiça, mas que acredita na reversão do impeachment na votação do Senado. "Eu só serei carta fora do baralho em 1; de janeiro de 2019, quando termina o meu mandato", disse.

Dilma também fez críticas à gestão econômica do presidente em exercício, Michel Temer. "Algumas das medidas deste governo interino são mera continuidade do que estávamos fazendo. Outras, no entanto, ferem os direitos coletivos e individuais. É absurdo pensar que os ajustes necessários para recompor o equilíbrio fiscal atinjam um dos setores que são o coração de toda a sociedade, que é a educação", afirmou, em uma crítica à PEC dos gastos públicos.

A presidente, no entanto, evitou fazer críticas pessoais a Temer "Mas quando eu voltar à Presidência, eu não tenho vontade de vingança pessoal nem de retaliação. Eu simplesmente não pretendo encontrá-lo, porque não teria o que dialogar, o que trocar", disse Dilma, afirmando que não imaginava que Temer fosse passível de sofrer a influência do grupo político de Eduardo Cunha.