Jornal Correio Braziliense

Politica

Eduardo Cunha responde a uma série de procedimentos no Judiciário

São duas ações penais, cinco inquéritos, dois pedidos de investigação e dois pedidos de medidas cautelares



Prisão
Caso o deputado seja cassado pelo plenário da Câmara, ele perde o foro privilegiado no STF. Nesse caso, a maioria dos inquéritos e ações penais contra ele devem seguir para Curitiba. As ações penais de que embolsou 1,3 milhão de francos suíços e US$ 5 milhões desviados da Petrobras são as que têm mais chances de seguirem para a Vara de Sérgio Moro. Além disso, Cunha é alvo de um pedido de prisão da Procuradoria-Geral da República, que aguarda decisão do relator da Lava-Jato no Supremo, Teori Zavascki. Caso o deputado seja cassado, a análise desse pedido de prisão ficaria com Sérgio Moro, juiz que já mandou para a cadeia quatro ex-parlamentares após eles perderam o benefício do foro privilegiado.

Os rolos do deputado

Cunha responde a 12 procedimentos


Ação penal 982

É réu por corrupção passiva e lavagem de dinheiro em processo no qual é acusado de receber US$ 5 milhões em propinas derivadas de contrato de navios-sondas entre a Petrobras e o estaleiro Samsung.

Inquérito 4146
É réu em ação penal ainda não numerada por corrupção passiva, lavagem, operação de câmbio para evasão de divisas e omissão de declaração de bens para fins eleitorais. Ele é acusado de receber 1,3 milhão de francos suíços (R$ 5,2 milhões) de propina e em uma conta na Suíça, fruto da compra, pela Petrobras, de metade de um poço de petróleo em Benin

Ação de improbidade
Cunha, Cláudia Cruz, o ex-diretor da Petrobras Jorge Zelada, o lobista João Augusto Henriques e o empresário Idalécio de Oliveira são acusados de improbidade administrativa na 6; Vara Federal de Curitiba pelos mesmos fatos que deram origem à denúncia do inquérito 4146 no STF.

Inquérito 4266
Foi denunciado por receber propinas desviadas do Fundo de Investimentos do FGTS, administrado pela Caixa Econômica. Falta o STF aceitar ou rejeitar a denúncia.

Inquérito 4207
É investigado por suspeita de receber propina de contrato em obras do Porto Maravilha, no Rio de Janeiro, com recursos do FI-FGTS. A obra era tocada por consórcio integrado por empreiteiras como a OAS e Carioca Engenharia.

Inquérito 4231
É suspeito de apresentar requerimentos para pressionar o banco Schahin. A ação teria o apoio do doleiro Lúcio Bolonha Funaro, acusado pelos banqueiros de fazer ameaças.

Inquérito 4232
Investigado por suposta venda de emendas parlamentares em favor do banco BTG Pactual. A alteração na MP 608 garantiria uma propina de R$ 45 milhões, de acordo com anotação encontrada no gabinete do assessor do ex-senador Delcídio Amaral do (ex-PT-MS). O parlamentar disse que Cunha era ;garoto de recados; do banqueiro do BTG Pactual, André Esteves.

Inquérito 4245
Cunha é investigado por suposta participação em esquema de desvios de dinheiro nas Centrais Elétricas de Furnas.

Inquérito 3989
O Ministério Público pediu que o parlamentar fosse arrolado no inquérito que apura a existência de uma organização criminosa para financiar políticos e partidos a partir de desvios de dinheiro da Petrobras e outras estatais.

Petição (número ignorado)
O MPF pediu que Cunha seja investigado para saber se ele favoreceu irregularmente a construtora OAS em troca de doações eleitorais para aliados políticos.

Ação cautelar 4175
A PGR pediu a prisão de Cunha ou, pelo menos, recolhimento domiciliar com tornozeleira eletrônica porque ele continuaria a atrapalhar as apurações em curso.

Ação cautelar 4070
STF suspendeu o mandato de Cunha como presidente da Câmara porque o deputado atrapalhava as investigações contra ele.