A nova legislação também diminuiu o tempo para trabalhar a imagem dos candidatos: o período de propaganda na televisão passou de 45 para 35 dias. De acordo com Vitorino, antes, você investia na figura do postulante e convencia a população por meio da repetição nos meios de comunicação. ;Hoje, não há mais tempo para se investir nessa linha de campanha, por isso é necessário apresentar um conteúdo para o eleitor, por meio de um bom site. E o bom conteúdo é segmentado. Isso é uma vantagem que a internet traz. Eu posso falar coisas diferentes para segmentos diferenciados;, comenta. O professor ressalta que um bom site de campanha tem de responder três perguntas essenciais sobre o candidato: quem é ele, o que ele pretende e o que ele pensa. ;O Brasil tem uma cultura de que o político não pode dizer o que pensa. Não dá mais para ser assim. O conteúdo tem que aparecer.;
Apesar de parecer uma boa ideia, Marcelo Vitorino afirma que o retorno político das redes sociais em uma campanha é mínimo e o investimento é desnecessário. Além disso, no Brasil, há uma limitação legal que inviabiliza o uso de redes sociais durante a campanha, que é a proibição de investimento publicitário no período eleitoral. ;Esse só não é o pior momento para se fazer campanha eleitoral pelas redes sociais porque em 2008 era proibido. Como a legislação eleitoral proíbe o post patrocinado, o uso da rede não alcança nem 5% dos seus seguidores;, comenta.