"Para o governo e para o País, o prejuízo é enorme", protestou o líder do governo. A expectativa é que haja sessão deliberativa só na terça (5/7) à noite, e, se for o caso, quinta-feira, também à noite. Os governistas esperavam votar nesta segunda duas MPs: a 716 (que destina recursos para ações de combate à microcefalia e ao mosquito Aedes aegypti) e a 718 (que altera normas tributárias e de controle de dopagem com foco na realização dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos do Rio).
Preocupado com o andamento dos trabalhos, Moura disse que vai sugerir aos líderes partidários que trabalhem durante o recesso branco (a partir de meados de julho) e tirem as duas semanas de folga só na segunda quinzena de setembro, véspera das eleições municipais.
O líder do governo sabe que a proposta é difícil de ser consensual porque se o Senado aderir ao recesso branco - folga informal dos parlamentares - dificilmente haverá quórum de deputados na Casa para aprovar projetos de interesse do governo. O líder do governo alegou que é preciso inclusive trabalhar durante todo esse mês para dar andamento ao pedido de cassação do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), uma vez que se o recurso for rejeitado na CCJ, o processo segue imediatamente como prioridade no plenário. A paralisia da Câmara vem incomodando outros líderes governistas. "Acho péssimo para a imagem da Casa", comentou o líder do DEM, Pauderney Avelino (AM)