Segundo Ibiapina, o crédito aberto no ministério diz respeito a um recurso com vinculação constitucional e os recursos suplementados não poderiam ter outra destinação que não o repasse ao BNDES. Para ele, os gastos do órgão setorial foram menores ao que estava previsto na Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2015.
Assim como outras testemunhas da defesa, Ibiapina declarou que, sem os decretos, o atendimento à população ficaria prejudicado. O ex-secretário contou aos parlamentares que enquanto esteve no ministério não houve questionamento à abertura de crédito com base em fonte de superávit financeiro.
Os senadores passaram, então a ouvir Marcos de Oliveira Ferreira, diretor de programas especiais da Secretaria de Orçamento Federal. O diretor afirmou que, após o entendimento do Tribunal de Contas da União de condenar a emissão dos decretos, parou de fazer da forma como vinha trabalhando, mas que seu entendimento é de que os créditos não possuem impacto sobre a meta fiscal. Ele disse que praticamente todo o corpo técnico da casa continua com o entendimento anterior sobre a emissão dos decretos, mas respeita a decisão do TCU. Integrante titular da comissão, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) não compareceu ao colegiado novamente. Seu marido, o ex-ministro Paulo Bernardo, foi preso ontem em operação da Polícia Federal.