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Politica

Diretor de site é levado para prestar depoimento em nova fase da Lava-Jato

A Operação Custo Brasil deflagrada nesta quinta-feira apura fraudes no Ministério do Planejamento

O jornalista Leonardo Attuch, Diretor do site Brasil 247, foi levado para depor Polícia Federal na 31; fase da Operação Lava-Jato, na manhã desta quinta-feira (23/6). O delator acusou o portal de receber R$ 120 mil como incentivo para apoiar editorialmente o PT. O Ministério Público chegou a pedir a prisão do jornalista, que foi negada pelo juiz Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava-Jato em Curitiba.



Batizada de "Custo Brasil", o desdobramento da Lava-Jato apura o pagamento de propina, proveniente de contratos de prestação de serviços de informática, no valor de R$ 100 milhões, entre 2010 e 2015. Além da condução coercitiva do jornalista, a PF ainda cumpriu 64 mandados judiciais, entre eles, a prisão preventiva do ex-ministro das Comunicações, Paulo Bernardo.

Em nota, o Brasil 247 negou a participação em esquemas de corrupção. "A Editora 247 considera esta uma boa oportunidade para esclarecer dúvidas relacionadas a sua atividade empresarial e jornalística", diz o comunicado. O texto termina dizendo que "no caso da Editora 247, a dúvida [da Polícia Federal] diz respeito a um contrato realizado com a empresa Jamp Engenheiros Associados e que será plenamente esclarecido".

A Jamp pertence ao empresario Milton Pascowitch, delator do ex-ministro da José Dirceu. Em depoimento, Pascowitch afirmou ter repassado dinheiro de propina para financiar o site. O autor do pedido teria sido João Vaccari Neto, ex-tesoureiro do PT e já condenado no escândalo do petrolão.