Alvo de buscas da Polícia Federal em sua residência nesta quinta-feira (23/6) na Operação Custo Brasil, o ex-ministro Carlos Gabas afirmou nesta manhã que considera importante que as investigações da Polícia Federal e do Ministério Público avancem, mas disse que não tem relação nenhuma com as investigações de hoje e que, inclusive, já acionou sua advogada para ir à PF prestar depoimento sobre o caso.
"Não tenho absolutamente nada a ver e quero esclarecer isso", disse Gabas que foi ministro-chefe da Secretaria de Aviação Civil (SAC) do governo Dilma Rousseff, ministro da Previdência Social e já ocupou o cargo de secretário especial da Previdência Social depois que a pasta foi unida ao Ministério do Trabalho.
[SAIBAMAIS]Segundo o ex-ministro, o Ministério da Previdência durante a sua gestão não teve nenhum relacionamento com a Consist, empresa que teria pago propinas após vencer uma licitação do Ministério do Planejamento para prestar serviços de informática no âmbito do acordo técnico entre o Ministério do Planejamento e a Associação Brasileira de Bancos (ABBC) e o Sindicato das Entidades Abertas de Previdência Privada (SINAPP) para gestão de margem consignável em folha de pagamento dos servidores públicos federais.
A citação a Gabas foi feita pelo ex-vereador petista preso na Lava-Jato Alexandre Romano, conhecido como Chambinho, um dos responsáveis pelo esquema de propinas no Planejamento. Em delação, Chambinho disse que Gabas teria recebido propina acertada com o PT cobrada da Consist. O negócio teria como principais beneficiados o ex-ministro Paulo Bernardo (Planejamento e Comunicação), preso na manhã desta quinta, e sua mulher, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR).