Em cumprimento aos mandados de prisão expedidos na fase Custo Brasil, primeira operação da força-tarefa da Lava-Jato em São Paulo, a Polícia Federal prendeu preventivamente em Brasília o ex-chefe da Assessoria Especial para Modernização da gestão do Ministério do Planejamento Valter Correia da Silva e o ex-vice-presidente de Gestão de Pessoas dos Correios Nelson Luiz Oliveira Freitas.
Também foi preso preventivamente o empresário Dércio Guedes de Souza, dono da JD2, que já havia sido alvo da fase Pixuleco 2 da Lava-Jato.
Na Pixuleco 2, a PF descobriu que Correia da Silva era um dos destinatários da propina oriunda da Consist no âmbito do Ministério do Planejamento para renovar o termo de parceria entre a ABBC/Sinapp/Consist.
Preso na mesma fase, o vereador do PT de Americana, Alexandre Romano, assinou acordo de delação e contou aos investigadores que um terço da propina ficava com o ex-ministro Paulo Bernardo. Segundo o delator, em 2009 ele foi convidado pelo então tesoureiro do PT, Paulo Ferreira, para participar das tratativas da operação envolvendo a entidades Sinapp e ABBC.
Por sua vez, Nelson Luiz de Oliveira Freitas já estava na mira dos investigadores por suposto recebimento de propina em contrato da Postal Saúde, responsável por gerenciar o plano de assistência médica dos funcionários dos Correios.
O empresário Dércio de Souza e sua empresa, a JD2, já haviam sido alvo de busca e apreensão na Pixuleco por terem sido destinatários da propina da Consist.