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Ministros do Supremo devem aceitar segunda denúncia contra Cunha

A denúncia contra o peemedebista, neste caso, foi oferecida ao Supremo pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, em março



Renúncia
A defesa de Cunha recorreu ontem ao Supremo solicitando que Teori aprecie um recurso que o autoriza a voltar a frequentar a Câmara para que possa exercer atividades partidárias ou ir a seu gabinete. O peemedebista tenta salvar seu mandato e evitar a cassação.

Cunha fez ontem consultas jurídicas e políticas sobre as consequências de eventual renúncia à presidência da Casa. Apesar disso, ele nega que pretenda abrir mão do cargo. Segundo aliados, Cunha escalou deputados próximos para sondar líderes partidários sobre a disposição das bancadas em negociar um acordo em troca de votos contra sua cassação no plenário. No fim da tarde, ele questionou advogados sobre as consequências de eventual renúncia. Somente após concluir essas consultas, decidirá se renuncia ou não, conforme aliados.

Integrantes da "tropa de choque" do peemedebista, porém, consideram difícil líderes toparem um acordo. "O tempo de renunciar passou", disse o deputado André Moura (PSC-SE), líder do governo na Câmara.

Nesse cenário, a renúncia não teria sentido, já que Cunha ainda tem cerca de um mês para negociar, período em que seus recursos das decisões do Conselho de Ética serão analisados pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa. Pela manhã, o deputado Carlos Marun (PMDB-MS) visitou Cunha e disse que ele já demonstrava menos resistência à tese de renúncia, mas não decidiu.

;Falta de assunto;
Eduardo Cunha afirmou ontem que não pretende anunciar a sua renúncia ao comando da Casa na entrevista coletiva prevista para hoje. Em conversa com o jornal O Estado de S. Paulo, Cunha chamou de "falta de assunto" os rumores sobre sua saída do cargo

"Falarei amanhã (hoje) em entrevista. E não tem renúncia", disse o peemedebista. Questionado se iria apresentar uma defesa pessoal por causa do avanço do processo de cassação de seu mandato na Câmara, o deputado afastado afirmou que a entrevista tratará de vários assuntos. "Geral. Não tem um ponto", declarou. Cunha já recebeu "conselhos" de parlamentares do chamado Centrão para que renuncie ao mandato de deputado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.