O governo elaborou uma cartilha com as principais votações realizadas no Congresso e ações na área da economia ao longo dos primeiros 30 dias da gestão interina de Michel Temer. A ideia é tentar passar a imagem de que a paralisa congressual é algo do passado, típica da gestão petista de Dilma Rousseff e que desaguou no processo de impechment da presidente.
A mensagem é de que, com uma sintonia maior entre Executivo e Legislativo, é possível retomar a confiança e vislumbrar a recuperação da economia, que sofrerá o segundo ano de retração da economia. O documento também municiará os aliados no debate travado durante as eleições municipais de outubro
Dentre os pontos destacados, estão a alteração da meta fiscal e a aprovação da Desvinculação das Receitas da União (DRU). Durante encontro com líderes aliados ontem, na Câmara, o ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, avisou que este material será distribuído aos parlamentares e aos agentes econômicos.
Para reforçar essa parceria entre o Planalto e o Congresso, Temer estará novamente no Parlamento, hoje, pela segunda vez em pouco mais de 30 dias. O peemedebista trará a proposta de emenda constitucional (PEC) que estabelece um limite para os gastos da União, atrelando-os ao crescimento da inflação.
No mês passado, ele entregou ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), o projeto que flexibilizava a meta fiscal, autorizando o governo a assumir um déficit de R$ 170 milhões.