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STF autoriza quebra de sigilo de empresa ligada a Jucá

O pedido de quebra de sigilo foi feito pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e acolhido pelo relator do processo no STF, ministro Gilmar Mendes



Desde então, a PGR requisita ao STF diferentes medidas e diligências para concluir a apuração. Janot pondera que, caso confirmado que Jucá usou um laranja para abrir a empresa, o ato configura crime de falsidade ideológica, já que Jucá seria o "verdadeiro proprietário gestor da TV Caburaí".

O procurador-geral da República também indicou possível crime de ordem tributária, já que não constam doações para a empresa Societat Participações na declaração de bens; além de suposto crime de apropriação indébita, diante da ausência de repassa à Previdência Social das contribuições recolhidas.

Investigação.

Jucá é investigado em outros inquéritos no Supremo. O senador é alvo das operações Lava Jato e Zelotes. Na última semana, veio à público o pedido de prisão preventiva de Jucá, feito por Janot, considerando a delação de Sérgio Machado.

O senador, que teve curta passagem pelo Ministério do Planejamento durante o governo do presidente em exercício, Michel Temer, deixou o cargo após a divulgação de diálogo em que falava sobre "trocar o governo" para "estancar a Lava Jato". Jucá é um dos principais articuladores do processo de impeachment de Dilma Rousseff e considerado um dos maiores aliados de Temer.