Na sexta-feira, dia 10, em um duro discurso, Janot negou que a PGR tenha sido responsável pelos vazamentos. Ele chamou de "levianas" as acusações de que as informações teriam saído do órgão como forma de pressionar o Supremo Tribunal Federal a cumprir os pedidos prisão contra o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), o senador Romero Jucá (PMDB-RR), o ex-presidente José Sarney (PMDB-AP) e o presidente afastado da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Janot apontou que a teoria foi disseminada por "figuras de expressão nacional, que deveriam guardar imparcialidade e manter o decoro". "O vazamento não foi da PGR. Aliás, envidarei todos os esforços que estiverem ao meu alcance para descobrir e punir quem cometeu esse crime. Como hipótese investigativa inicial, vale a pergunta: A quem esse vazamento beneficiou? Ao Ministério Público não foi", disse.
Na semana passada, o ministro do STF Gilmar Mendes havia criticado os vazamentos e insinuado que as informações teriam sido divulgadas pela PGR.