[SAIBAMAIS]Lula criticou a escolha do ministério do governo provisório, acusando a suposta influência do presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Ele ironizou manifestantes pró-impeachment. "Os coxinhas agora estão com vergonha por que foram para a rua bater panela e o resultado não foi um risoto, foi Temer. Os coxinhas sabem que o ministério de Temer é o ministério do (Eduardo) Cunha. Mas sempre haverá nesse País mais gente de cabeça erguida, decente, do que coxinhas."
Na única referência direta à Lava-Jato, o ex-presidente indicou que a operação "submeteu os petroleiros a condições humilhantes" Lula afirmou que ter sido o presidente que mais investiu na companhia e que a descoberta do pré-sal foi "seu maior orgulho como presidente e como cidadão".
O petista também afirmou que a "elite nunca aceitou a Petrobras" e teceu diversas críticas às "elites", discurso comum em seu governo. "A elite brasileira, incompetente para governar este país, achava que tudo iria se resolver se a gente vendesse as empresas. Eu queria provar que o peão seria capaz de pensar politicamente o Estado brasileiro melhor do que toda a elite", completou.
Lula defendeu ações de seu governo junto ao BNDES e demais bancos públicos. O ato "Se é público, é para todos" defendeu a mobilização da sociedade contra a privatização de empresas e serviços públicos, além de criticar a agenda econômica do governo Temer. A manifestação ocorreu na Fundição Progresso, na Lapa, região central do Rio, com público reduzido apesar do acesso liberado. Não houve estimativa de quantas pessoas estiveram no evento.