Líder do PMDB reeleito, em fevereiro, com o apoio da presidente da República afastada, Dilma Rousseff, e escolhido ministro do Esporte pelo presidente em exercício, Michel Temer, Leonardo Picciani garante que não vê contradições nesta situação. ;A minha interpretação jurídica pessoal me levou a votar contra a abertura do processo de impeachment. Eu expressei a posição e fui voto vencido;, afirmou. Picciani defende que a situação política esteja resolvida antes do início das Olimpíadas, em 5 de agosto. ;Quanto mais rápido o impeachment estiver solucionado, melhor;. E não prevê surpresas. ;Ao que me parece, é remota a chance disso (Dilma voltar) ocorrer;, asseverou. Picciani está animado com a Olimpíada, apesar da epidemia de zika e da barbárie do estupro coletivo. Em entrevista exclusiva ao Correio, o ministro não prevê que a Operação Lava-Jato possa atrapalhar o governo Temer, assegurou que Pedro Paulo será o candidato do partido à Prefeitura do Rio em outubro e adiantou que o atual prefeito, Eduardo Paes, poderá ser o nome da legenda ao Planalto em 2018.
Qual o tamanho do estrago provocado pelo estupro coletivo, na imagem do Rio, a 60 dias do início das Olimpíadas?
Esse caso do estupro coletivo é uma verdadeira barbárie e deve ser tratado como tal. Mas eu não creio que isso abale a imagem da cidade. As providências foram tomadas. As demais questões de segurança, que estão a cargo do Ministério de Justiça e do Ministério da Defesa, estão muito bem organizadas. O Rio tem tradição de sediar grandes eventos sem nunca ter tido problemas.
Mas nenhum é tão grande quanto esse...
Sim, os Jogos Olímpicos são de uma maior magnitude. Mas, por exemplo, na Jornada Mundial da Juventude, a missa celebrada pelo Papa Francisco teve três milhões de pessoas no Aterro do Flamengo.
O país vive um anticlímax em relação à Olimpíada. O país era outro na época da escolha do Rio como cidade-sede. Como é que o senhor vê o atual evento nesse cenário brasileiro?
As Olimpíadas foram um compromisso que o Brasil assumiu com a comunidade internacional quando se candidatou e teve a confiança do mundo para fazer; evidentemente que em um cenário diferente. Temos que encarar isso como uma oportunidade. Nós nos candidatamos, vencemos e vamos sediar os jogos Olímpicos, com crise ou sem crise. A oportunidade é de restabelecer a credibilidade e a confiança do país, de fazer uma grande festa e de firmar o Brasil como destino turístico.
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