Natália Lambert
postado em 01/06/2016 14:41
O presidente do Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, José Carlos Araújo (PR-BA), foi acompanhado do deputado Sandro Alex (PSD-PR), na manhã desta quarta-feira (1;/6), à Procuradoria-Geral da República (PGR), entregar ao procurador-geral, Rodrigo Janot, um documento onde detalha tudo ;o que considera manobra que está acontecendo na Casa;. Segundo Araújo, Janot escutou tudo atenciosamente e afirmou estar acompanhando a situação.
[SAIBAMAIS];Não fiz pedido nenhum. Eu disse a ele que só tinha ele e o papa para me queixar. Às risadas, ele disse ;fique com o papa;;, comentou Araújo. De acordo com o presidente do colegiado, a intenção é mostrar que, mesmo afastado do mandato, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) continua atuando nos trabalhos da Câmara. ;Não tenho dúvida nenhuma de que, com seus tentáculos, Cunha está trabalhando nesta Casa e sufocando o Conselho de Ética. Fica muito difícil trabalhar do jeito que as coisas estão;, afirmou.
Ontem, três representações contra Araújo foram entregues à Corregedoria da Casa para que ele seja investigado. As denúncias são de políticos baianos e têm como base fatos regionais. Se for aberta a investigação, Araújo terá que se afastar do Conselho de Ética. Segundo o presidente do conselho, grande parte dos fatos citados já foi esclarecida. ;Mais uma manobra está em curso. Há uma disposição de neutralizar e afastar membros do conselho que tenham posição firmada, e esse é um risco que correremos até o dia da votação [do parecer do relator Marcos Rogério];, afirmou ao receber a notificação.
Neste momento, o relator da denúncia contra o presidente afastado Eduardo Cunha, deputado Marcos Rogério, lê o seu relatório. O conselho investiga se houve quebra de decoro de Cunha por supostamente ter mentido durante a audiência da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras, quando ele negou a existência de contas no exterior em seu nome.