Jornal Correio Braziliense

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Cunha diz que não teme ser cassado e nem preso pela Lava-Jato

O relatório de Marcos Rogério (DEM-RO), que sugere a cassação do peemedebista, está previsto para ser lido nesta quarta-feira(1/6)



Indagado sobre a entrevista concedida pela petista em que ela diz que ele é o verdadeiro mentor do governo do correligionário Michel Temer (PMDB), Cunha alfinetou: "Ela (Dilma) tem fixação (por mim), até compreendo o ódio dela porque dei curso ao processo de impeachment que levou ao seu afastamento. Eu me ajoelho para agradecer a Deus por tê-la afastado da Presidência, ela fez muito mal ao País, não dá pra ela governar o Brasil."

O presidente afastado da Câmara diz que o processo que tem sofrido no parlamento e seu afastamento da direção da casa é resultado de um "julgamento político" e o preço de ter colocado a admissibilidade do afastamento de Dilma Rousseff na pauta do dia do parlamento. "Estou pagando um preço pesado por ter dado curso ao processo do impeachment e em cada intervenção dela (Dilma), não há como ela não me agredir", emendou.

Temer
Indagado sobre os percalços que Michel Temer enfrenta nesses primeiros dias de governo interino, Cunha relativizou os problemas e fez um paralelo com a gestão de Itamar Franco, que sucedeu Fernando Collor de Mello, após seu processo de impeachment.

"Este ainda é um governo de improviso, constituído às pressas (após a saída de Dilma), se fizermos um paralelo com Itamar, vamos ver que em sete meses ele teve quatro ministros da Fazenda, foi uma crise de muito maior tamanho. Obvio que o improviso de hoje não é bom, mas deve se resolver quando (o governo Temer) se tornar definitivo", destacou. Cunha reiterou que o primeiro passo para isso é o Senado confirmar o afastamento de Dilma e as forças políticas se unirem "para salvar o País da derrocada que o PT deixou".