O ministro do STF defendeu que, diante da perspectiva de que o afastamento de Dilma ainda pode ser revisto pelos parlamentares, o governo do presidente Temer tem de fazer reformas e conquistar o apoio da Câmara e do Senado. "Em suma, tem que, em geral, operar na lógica da segunda melhor opção. Nunca a melhor opção: ;Ah, quero fazer um governo de notáveis ou coisa do tipo;, tem que conversar com os russos, né?".
Sempre crítico aos governos petistas, Gilmar tem adotado um tom mais moderado ao falar de Temer na Presidência. No fim de semana, ele esteve com o presidente em exercício no Palácio do Jaburu. Oficialmente, a conversa tratou da liberação de verbas para a realização das eleições municipais deste ano, uma vez que Gilmar assumiu a presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) recentemente. O ministro afirmou que os dois não chegaram a conversar sobre a Lava Jato.
Em menos de 20 dias de governo, Temer perdeu dois ministros após a divulgação de conversas gravadas pelo ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, delator da Lava Jato. O primeiro, na semana passada, foi o senador Romero Jucá, que deixou o Ministério do Planejamento. Nessa segunda, foi a vez o ministro da Transparência, Fiscalização e Controle, Fabiano Silveira, pedir demissão.