Jornal Correio Braziliense

Politica

Oposição quer cassar mandato de ex-ministro Romero Jucá

O PDT anunciou que vai representar contra Jucá no Conselho de Ética do Senado. O PSol protocolou pedido de prisão preventiva na Procuradoria-Geral da República por obstrução da Justiça



Poucas horas depois de ser divulgado o teor da gravação em que o agora ex-ministro do Planejamento, Romero Jucá (PMDB-RR), sugere um plano para frear a Operação Lava-Jato, levantou-se um coro de parlamentares defendendo o afastamento do peemedebista. Em uma frente, o PSol protocolou uma representação na Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitando a prisão preventiva do senador, por obstrução da Justiça. Em outra, os parlamentares afirmaram que o PDT entrará hoje com uma representação no Conselho de Ética do Senado pedindo a cassação do mandato de Jucá. A votação da meta também ficou ameaçada por parlamentares oposicionistas que prometeram obstrução na análise do projeto (Leia mais na página 7). Petistas também afirmaram que questionarão a continuidade do processo de impeachment, porque o áudio comprova vícios no processo.

Segundo o senador Telmário Mota (PDT-RR), o caso de Jucá assemelha-se ao do ex-senador Delcídio do Amaral (sem partido-MS), que teve o mandato cassado neste mês por obstrução de Justiça e consequente quebra de decoro parlamentar. ;A fala do senador Jucá é mais grave que do senador Delcídio. Delcídio queria proteger um possível delator. Romero quer parar a Operação Lava-Jato;, afirmou o pedetista. Mota, que foi o relator do processo contra o ex-senador Delcídio do Amaral (sem partido-MS) no Conselho de Ética, afirmou que o partido entrará hoje com o pedido de cassação ao colegiado.

Na representação apresentada à PGR, o PSol também compara o caso de Jucá ao de Delcídio, lembrando que o ex-senador foi preso preventivamente no ano passado. De acordo com o líder da legenda na Câmara, Ivan Valente (SP), as declarações (de Jucá) são gravíssimas e representam uma verdadeira ;bomba atômica;. ;As declarações provam que a cúpula do PMDB e a do PSDB têm muito a explicar. E ainda estão por vir mais delações, que prometem ser um abalo a este governo interino. Com isso, cresce o ;Fora, Temer;, nas ruas;, afirmou Valente.

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