O atual ministro do Planejamento, de acordo com a matéria, orientou Machado a se reunir com o presidente do Senado Federal, Renan Calheiros (PMDB-AL), e com o ex-presidente José Sarney (PMDB-AP). Em um dos trechos divulgados, o ex-diretor da Transpetro diz que o presidente do Senado é "totalmente voador" e não percebeu que "a saída dele é o Michel e o Eduardo (Cunha)", explicando que assim que Cunha for cassado, o alvo é ele. Nas gravações, Jucá diz que Renan "não gosta do Michel, porque o Michel é Eduardo Cunha." E complementa: "Gente, esquece o Eduardo Cunha, o Eduardo Cunha está morto, porra."
Machado deixou a diretoria da Transpetro, depois de cerca de dez anos, sob suspeita de ter repassado propina de empresas, em contrato com a estatal petrolífera, a políticos do PMDB. Ele confirmou em depoimento à Polícia Federal que foi indicado pelo PMDB nacional para este cargo, como disse em depoimento à Polícia Federal. Ele é alvo de inquérito no STF ao lado de Calheiros. O ministro também é alvo no STF de inquérito derivado da Lava-Jato por suposto recebimento de propina.
O advogado de Jucá, o criminalista Antonio Carlos de Almeida Castro, disse ao jornal que "ele jamais pensaria em fazer qualquer interferência" na Lava-Jato e destacou que ele não tratou do assunto com ministros do STF. Machado não foi localizado pelo jornal para comentar a reportagem.