A expectativa é que o peemedebista faça um depoimento mais político do que jurídico, negue a titularidade das contas na Suíça e reafirme que os valores encontrados no exterior não são dele, mas de trustes.
Por considerar que os votos no colegiados já estão definidos, o peemedebista não deverá focar na tentativa de convencimento dos pares, mas no ataque aos adversários declarados, como o presidente do colegiado, José Carlos Araújo (PR-BA), e o deputado Júlio Delgado (PSB-MG), que disputou a presidência da Casa com ele no ano passado. "Ele vem para causar", definiu um aliado.
Para retaliar o adversário, o Solidariedade, partido que gravita na órbita de Cunha, entrou com representação contra Delgado ontem. Se a medida chegar ao conselho, Delgado estará automaticamente fora da votação final do processo disciplinar contra Cunha.
O depoimento encerra a fase de instrução processual. Agora, o relator então terá 10 dias úteis para apresentar seu parecer final. A ideia é entregar o parecer ainda neste mês.