A primeira reunião do colégio de líderes presidida pelo interino Waldir Maranhão (PP-MA) foi silenciosa. De acordo com presentes ao encontro, o clima era de constrangimento, mas o presidente interino da Câmara dos Deputados conduziu os trabalhos da maneira mais formal possível, leu os sete itens da pauta -- quatro Medidas Provisórias e três Projetos de Lei -- e ouviu atentamente as sugestões dos líderes, que apelaram para o bom senso de que ele não presida a sessão de logo mais, marcada para às 14h.
No início da reunião, ele teria dito que não esperava essa situação de ter que assumir a presidência, que tem noção da responsabilidade e da importância da condução dele nos trabalhos e fará o possível para que a Casa volte à normalidade. De acordo com o líder do PTB, Jovair Arantes (GO), é consenso a necessidade de que a Câmara precisa caminhar. "O regimento da Casa precisa imperar neste momento. A Casa precisa voltar a funcionar de uma forma efetiva, dando vazão e resolvendo todas as questões que estão represadas. Na hierarquia quem deve deve presidir é ele. Se ele não comparecer, é o primeiro sucessor. A casa não vai parar por falta de um sucessor no momento", comentou Jovair. Os líderes estão determinados em votar as quatro medidas provisórias que trancam a pauta do plenário hoje.
Questionado se Maranhão irá presidir a sessão desta quarta-feira, Arantes afirmou que é uma questão de bom senso. "Não se pode ter uma questão incomodando o plenário neste momento. E o Maranhão é, evidentemente, um homem inteligente, sábio, que foi reitor de universidade no Maranhão. É experiente, sensato, e, evidentemente, sabe que, neste momento, a sua presença no plenário não é conveniente. Foi sugerido a ele que tomasse essa decisão e, maduro que é, vai tomar a decisão certa", concluiu.