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Para Barroso, grampo em gabinete é algo 'gravíssimo' e uma 'desfaçatez'

Ministro do STF disse, no entanto, que o grampo não representa nenhum risco; "aqui é um espaço totalmente republicano, de modo de que não há risco de aparecer qualquer coisa errada", afirmou

O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), considerou hoje (17) algo ;gravíssimo; e uma ;desfaçatez; a instalação de um aparelho de grampo no seu gabinete. O aparelho foi encontrado pela Secretaria de Segurança da Corte no dia 11 de abril, durante uma varredura de rotina.

[SAIBAMAIS]Segundo o ministro, do ponto de vista pessoal, o grampo não representa nenhum risco.

;Estou totalmente tranquilo e confortável. Aqui recebo pessoas em audiência e converso com meus assessores sobre os processos. A gravidade é alguém saber, por antecipação, o que, eventualmente, estou pensando em fazer em um processo. Fora isso, aqui é um espaço totalmente republicano, de modo de que não há risco de aparecer qualquer coisa errada;, disse Barroso, ressaltando que costuma escrever em casa, a mão, os votos.

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O ministro informou ainda que o aparelho, escondido dentro de uma caixa de cabos telefônicos, estava ;desativado;. Barroso afirmou não ter ideia de quando o grampo pode ter sido instalado. ;Não era uma escuta ativa. Não tenho a menor ideia do que possa ser. Se alguém disse que isso estava aí antes de eu tomar posse, não saberia dizer.;

Apesar do inusitado, o ministro disse não ter se surpreendido. ;Nada no Brasil de hoje surpreende;, brincou.

Barroso está no Supremo desde 2013. Ele foi relator do rito do impeachment da presidenta afastada Dilma Rousseff no STF e responsável pela execução das penas dos condenados na Ação Penal 470, a do mensalão.