<p class="texto"><img src="https://imgsapp2.correiobraziliense.com.br/app/noticia_127983242361/2016/05/17/532190/20160517002234543748i.jpg" alt="Cunha, o presidente afastado da Câmara: três partidos querem que o Supremo permita ao plenário da Câmara deliberar sobre a saída dele do cargo" /></p><p class="texto"><br />Nem o afastamento de Dilma Rousseff do Palácio do Planalto acalmou as divergências na Câmara dos Deputados. Os problemas agora giram em torno da presidência da Casa, nas mãos do vice-presidente Waldir Maranhão (PP-MA), e das lideranças do governo e do PMDB. A última coloca em conflito os presidentes em exercício, Michel Temer (PMDB-SP), e o afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e, para aliados do governo, pode complicar o início da gestão.</p><p class="texto"><br />Firme no discurso de que não renunciará, o vice-presidente da Câmara, Waldir Maranhão, marcou reunião de líderes, às 15h, para definir a pauta de plenário, que está trancada por cinco medidas provisórias. Líderes dos partidos da base do governo pretendem se encontrar pela manhã para discutir a situação de Maranhão, que, na avaliação da maioria, não tem condições nem credibilidade para conduzir os trabalhos.</p><p class="texto"><br />Com o apoio da antiga oposição de Dilma ; PSDB e PPS ;, o líder do Democratas, Pauderney Avelino, apresentará hoje, no plenário, uma questão de ordem pedindo que seja declarada a vacância temporária da presidência da Casa. O deputado quer que o questionamento seja respondido ainda hoje pelo presidente da sessão. Caso a decisão seja favorável, deverá ser submetida ao plenário. Se rejeitada, ele pretende recorrer à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Caso o colegiado negue, Avelino já tem pronto um mandado de segurança para protocolar no Supremo Tribunal Federal. ;Decidindo esse caso, Maranhão passaria a ser uma questão menor. Ele não tem condições de continuar presidindo depois do papelão que fez;, disse em referência à canetada que anulava a sessão de votação do impeachment na Câmara, mas que acabou revogada horas depois.</p><p class="texto"><br />Há ainda um projeto de resolução, apresentado pelo presidente do PPS, Roberto Freire (SP), pronto para ser votado, que declara a vacância temporária da presidência e convoca eleições suplementares. Entretanto, a proposta tem que ser pautada por Waldir Maranhão. Defensor de um consenso, o primeiro-secretário da Câmara, Beto Mansur (PRB-SP), está disposto a ajudar o presidente interino a costurar um acordo, mas disse que não atuará como presidente da Casa. ;Eu posso ajudar, participar da montagem da pauta, mas não vou assumir as responsabilidades de presidente, porque não o sou;, afirmou Mansur. Na hierarquia de quem assume a Casa, Mansur ainda está atrás do segundo vice-presidente, o deputado Giacobo (PR-PR).<br /><br />Em outra frente, a tropa de choque de Eduardo Cunha tenta trazê-lo de volta. O Partido Progressista (PP), o Partido Social Cristão (PSC) e o Solidariedade (SD) entraram ontem com uma ação direta de inconstitucionalidade no STF pedindo que o afastamento seja submetido à votação no plenário da Casa. Cunha teve o mandato suspenso no início do mês, pelo STF, acusado de usar o cargo para atrapalhar as investigações da Operação Lava-Jato, na qual é réu. Para os partidos, assim como o Congresso deve analisar em 24 horas a manutenção ou não da prisão de um parlamentar, a Casa também deve decidir se mantém ou não uma medida cautelar. O relator da ação no STF é o ministro Edson Fachin. Ainda não há prazo para resposta.</p><p class="texto"><br />De acordo com o deputado Paulo Pereira da Silva (SD-SP), se depender de maioria simples, o bloco teria número para barrar o afastamento. A iniciativa causou revolta nos parlamentares contra Eduardo Cunha. O deputado Glauber Braga (PSol-RJ) acredita que não há brechas para a consolidação da manobra. ;Mas é o fim dos tempos, né? Não dá para prever nada quando se trata desse pessoal.;<br /><br /><strong>Comando</strong><br /><br />Outra questão que vem mexendo com as negociações na Casa é a liderança no PMDB. Com a ida de Leonardo Picciani (RJ) para o Ministério do Esporte, a disputa, que pode gerar uma ruptura na legenda, está entre Leonardo Quintão (MG), vice-líder, e Baleia Rossi (SP), aliado de Eduardo Cunha. Enquanto Quintão defende a manutenção ;natural; na liderança e insinua a ;paralisação; da bancada caso haja nova eleição, Rossi sugere um acordo. O presidente em exercício, Michel Temer, tem afirmado que não vai interferir no processo.</p><p class="texto"><br />Para o deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS), uma eleição não dividiria a bancada, que tradicionalmente resolve essas questões com debates saudáveis. ;O contraditório é produtivo e construtivo. É muito bom termos candidatos diferentes e dispostos;, comentou. O peemedebista ; apoiador de Baleia ; acredita que, no máximo, até o fim da semana a questão será decidida pela bancada, que conta com 68 parlamentares.<br /><br />Em jogo também está a liderança do governo na Casa, outro desconforto na relação entre Temer e Cunha. No páreo, estariam cotados o líder do PSC e aliado de Cunha, André Moura (SE), e Rodrigo Maia (DEM), braço direito de Temer e representante da oposição de Dilma. Citado como um nome possível, o deputado Rogério Rosso (PSD-DF) disse que se sentiria desconfortável na posição e descartou a ideia, já que foi presidente da comissão de impeachment na Câmara. ;Inclusive, apresentei como sugestão que se faça, durante esse governo transitório, um rodízio de líderes de bancadas na posição de líder do governo.; Procurado, Moura não quis se manifestar e afirmou que não conversou com Temer sobre o assunto nem foi procurado. Maia não foi encontrado pela reportagem.</p><p class="texto"> </p><p class="texto">A matéria completa está disponível <a href="http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/saude/2016/05/16/interna_saude,206663/mais-seguranca-para-emagrecer.shtml">aqui,</a> para assinantes. Para assinar, clique <a href="https://www2.correiobraziliense.com.br/seguro/digital/assine.php">aqui</a></p>