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Politica

Presidente interino Michel Temer diz não ter medo de ser impopular

O presidente em exercício disse ter "legitimidade constitucional", mas reconheceu que o apoio popular só virá com eventual sucesso da gestão



[SAIBAMAIS]Segundo Temer, uma das prioridades "é a atenção com os mais carentes". Ele disse que eventual ajuste vai preservar a área social. "Se for necessário, cortarei de outros setores", afirmou, ao enfatizar que deve manter programas sociais do PT.

Ministério
O presidente em exercício rebateu as críticas de que formou um Ministério "machista". "Eu contesto a afirmação de que não há nenhuma mulher", disse, ao citar que a chefia de gabinete da Presidência é ocupada por uma mulher. Afirmou que, na Cultura, quer uma "representante do mundo feminino", assim como na Cidadania e Ciência e Tecnologia - cargos que não têm status de ministro.

Segundo ele, a ausência de "notáveis" na Esplanada ocorreu porque ele teve "de fazer uma composição de natureza política". Ele prometeu demitir ministros que cometerem irregularidades. "Se um ou outro não proceder adequadamente, estará fora da equipe. Se houver irregularidades, eu demito o ministro."

Sobre citações ao nome dele na Lava Jato, negou ter "patrocinado" a indicação de diretores da Petrobras. Ele lembrou que a Procuradoria-Geral da República não viu motivos para investigá-lo. Sobre o ministro Romero Jucá (Planejamento), alvo da Lava Jato, Temer elogiou o colega e lembrou que ele não é réu Se ele se tornar réu, disse que vai "examinar o caso".

Temer afirmou que, se for efetivado no cargo, a mulher dele, Marcela, assumirá uma função no governo e coordenará a área social. "Ela tem muita preocupação com as questões sociais."