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Paraguai respeita decisão institucional de afastamento de Dilma

"A posição paraguaia foi sempre bem clara (...): a não intervenção nos assuntos internos de outros Estados", declarou o ministro das Relações Exteriores, Eladio Loizaga

O governo do Paraguai disse respeitar a decisão institucional do Congresso brasileiro sobre o afastamento da presidente Dilma Rousseff, que será submetida a um julgamento político - declarou o ministro paraguaio das Relações Exteriores, Eladio Loizaga.

O chanceler Loizaga reiterou que o governo de Horacio Cartes não se intromete nos assuntos internos de outros países.

"Respeitamos a decisão institucional da República Federativa do Brasil. A posição paraguaia foi sempre bem clara (...): a não intervenção nos assuntos internos de outros Estados", declarou o ministro, em entrevista coletiva.

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Ao ser consultado sobre a declaração de Dilma Rousseff, que denunciou um "golpe", o ministro respondeu que "a posição do Paraguai é não interferir nas questões internas de outros Estados, assim como não queremos e não quisemos quando fizeram isso em um dado momento com o Paraguai".

Ele se referiu à decisão, em 2012, dos presidentes Cristina Kirchner (Argentina), José Mujica (Uruguai) e da própria Dilma de suspender o Paraguai do Mercosul, em represália à destituição do então presidente de esquerda Fernando Lugo "por mau desempenho".

A partir desse momento, as relações do presidente Cartes, que assumiu em 2013, com os três governantes se mantiveram no nível protocolar. Nesse sentido, Loizaga destacou hoje que as relações com o Brasil "seguem normais, sem qualquer inconveniente".