Segundo um assessor de Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente do Senado, a votação do afastamento da presidente da República, Dilma Rousseff, só deve ocorrer por volta das 2h da quinta-feira (3/5), depois do encerramento das discussões. A previsão está de acordo com a de técnicos da Casa, que avaliaram que a sessão acabaria por volta das 5h. Pelas regras, os senadores inscrevem em uma lista para discursar e podem falar por até 15 minutos.
Às 17h desta quarta-feira, 52 dos 69 inscritos para discursar ainda não falaram. Isso significaria mais 13 horas de fala. Foi apresentado requerimento para encurtar a duração dos discursos, mas alguns senadores se manifestaram contra a sugestão. Humberto Costa (PT-PE) faz o contraditório ao requerimento. "Não é justo com quem se inscreveu por último", disse. Renan Calheiros, portanto, não o acolheu: "Não vou assumir a responsabilidade de atrasar ou adiantar o relógio da história".
A defesa da presidente Dilma Rousseff, representada pelo advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, também poderá falar por 15 minutos.