Reunida por mais de duas horas a portas fechadas, a bancada do PP na Câmara dos Deputados decidiu por unanimidade encaminhar o pedido de expulsão do deputado Waldir Maranhão (PP-MA) da legenda à Executiva Nacional. Entretanto, uma comitiva de parlamentares negocia com o presidente interino da Casa a renúncia do cargo de vice-presidente da Casa. Maranhão pediu até a manhã desta quarta-feira (11/5) para responder a questão. Líderes estão reunidos para avaliar a situação do parlamentar.
[SAIBAMAIS]
"Somente a renúncia pode dar a ele uma posição conciliatória para manter o mandato e a filiação partidária", comentou o deputado Julio Lopes (PP-RJ). De acordo com ele, Maranhão irá divulgar o seu posicionamento sobre a renúncia em uma reunião da bancada que está marcada para amanhã, às 10h. No caso de renúncia, partido teria a prerrogativa de indicar outro nome para a vice-presidência da Câmara.
Decisão revogada
No fim da noite dessa segunda-feira (9/5), o presidente interino da Câmara recuou e decidiu revogar a decisão que havia tomado, de anular as sessões de votação do impeachment ocorridas no Plenário da Casa entre os dias 15 a 17 de abril. Waldir Maranhão assinou dois ofícios cancelando a determinação anterior. Em um dos documentos, ele comunicou o presidente do Senado, Renan Calheiros, da decisão. O outro era um documento da Câmara com a decisão da presidência.
Nos ofícios, Maranhão não relata o motivo de ter voltado atrás na determinação. Uma das motivações, no entanto, pode ter sido justamente o receio de perder o mandato. A bancada do PP analisará nesta manhã a expulsão do deputado do partido, por ter tomado decisão contrária à orientação nacional. E parlamentares da oposição recorreram ao Conselho de Ética da Casa para pedir a cassação do mandato.