Nesta sexta-feira, 29, a comissão ouve a defesa de Dilma, com o advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, e os ministros da Fazenda, Nelson Barbosa, e da Agricultura, Kátia Abreu. Sobre o papel da AGU na defesa, criticada por alguns setores da oposição, o senador do PPS disse que ele não está defendendo a figura de Dilma, mas sim a da presidente da República, por isso não se sente "incomodado" com isso.
Buarque voltou a defender que o melhor caminho para sair da atual crise seria por meio de eleições gerais. Mas, reconheceu que no momento não vê como isso poderia ser feito em tempo hábil E disse que um eventual governo Temer não terá a estabilidade necessária em razão dos pedidos de impedimento que poderão ser impetrados também contra ele, baseados na tese do PT e dos aliados do governo de que o peemedebista também assinou decretos que podem ser enquadrados nas chamadas pedaladas fiscais.
Apesar da avaliação, o senador acredita que a eventual substituição de Dilma Rousseff - se o Senado aprovar a continuidade do processo de impeachment, na votação da próxima semana, ela será afastada por um prazo de até seis meses - será benéfica para o País. "A substituição de Dilma trará alívio, com Temer ou com qualquer outro. O problema é depois, precisamos saber se ele vai conseguir tomar as medidas necessárias para controlar a dívida e a inflação e retomar o crescimento e implantar a reforma política. Alívio trará, mas será preciso aguardar as consequências."