Aos líderes da aliança progressista, o presidente nacional do PT argumentou que o impeachment está previsto na Constituição, mas que só é válido quando há a comprovação de algum crime, o que, segundo ele, não é o caso. "Todos sabem que a presidenta Dilma não cometeu crime algum, ao contrário do seu principal algoz", numa referência ao presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), réu no Supremo Tribunal Federal (STF).
"O fato é que vivemos um novo e indigno capítulo da nossa história: após 31 anos de vida democrática, um golpe de Estado busca depor a presidenta Dilma Rousseff, a primeira mulher a governar o Brasil e que foi reeleita em 2014 com mais de 54 milhões de votos", disse, conclamando os membros da Aliança Progressista a engrossar as fileiras essa luta em prol do governo de sua correligionária.
Para Falcão, o que classifica de "escalada golpista" só foi possível graças à "participação ativa do grande capital, de setores do aparato policial e judicial do Estado, mancomunados com a mídia monopolizada e a oposição de direita". Ele disse que, em nome do combate à corrupção, o ex-presidente Lula vem sendo alvo de um "festival de investigações seletivas, dirigidas contra ele e contra o PT".
Em frente ao hotel onde ocorre o seminário, grupos pró-impeachment e a favor do governo Dilma Rousseff protestam. A Polícia Militar teve que se colocar entre os dois grupos para evitar confronto.