Segundo membros da executiva, a intervenção de Pont e outros membros do partido foi muito aplaudida, mas não representa ainda uma posição fechada. "Acho que esse não é o momento de se discutir isso. Eleições municipais têm outra dinâmica. Nós precisamos discutir como barrar o golpe, como brecar esse processo no Senado e como manter a sociedade mobilizada pela democracia", diz o deputado federal Arlindo Chinaglia (PT-SP).
Chinaglia diz que conversas sobre novas eleições podem aparecer na segunda parte da reunião, mas que, do ponto de vista dele, "apenas aconteceriam se a presidente e o vice estivessem de acordo."
Lula, que já deixou a sede do diretório nacional do PT, chegou à sede do partido por volta das 11h desta terça-feira. Além da reação do PT frente ao processo de impeachment de Dilma, ainda está na pauta do encontro uma análise de como os aliados do partido votaram na sessão do domingo. Não há prazo definido para o encontro acabar, mas espera-se que o presidente do PT, Rui Falcão, conceda uma entrevista no fim do dia para comentar o encontro e o processo de impedimento.
Pode-se debater ainda a possibilidade de realização de novas eleições presidenciais; a proposta, caso o impeachment se confirme no Senado, chegou na última segunda-feira à cúpula do PT. A executiva do partido, entretanto, não se posicionou oficialmente sobre o assunto, que sequer foi colocada em votação durante o encontro de ontem do PT, também realizado em São Paulo