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Politica

Lindbergh classifica quatro aliados de Temer como 'turma barra pesada'

Para senador do PT, negociações de Lula e do Planalto sobre o impeachment nada se comparam com a ação de Geddel Vieira Lima, Eliseu Padilha, Eduardo Cunha, Sandro Mabel. Oposição fala em 361 votos contra Dilma. Para base, eles são no máximo 335



O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) afirmou, neste domingo (17/4), que as negociações do vice-presidente, Michel Temer (PMDB), para um novo governo em caso de impeachment de Dilma Rousseff são organizada por quatro correligionários ;barra pesada;. Ele citou o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (RJ), o ex-ministro Geddel Vieira Lima e os ex-deputados Eliseu Padilha (RS) e Sandro Mabel (GO).

[SAIBAMAIS];O que está sendo feito por Temer e sua tropa de choque já diz o que seria um governo dele;, afirmou o petista. ;Geddel Vieira Lima, Eliseu Padilha, Eduardo Cunha, Sandro Mabel: essa turma aqui nessas negociações... barra pesada para dizer a verdade. O Temer loteou o seu governo completamente. Prometeu uma coisa para um e para outro.;

Lindbergh disse que o ex-presidente Lula está negociando, convencendo parlamentares, mas afirmou que a atuação dele é diferente do quarteto de peemedebistas criticado. ;O Lula está trabalhando, está batalhando, está conversando com deputados;, afirmou. ;Comparada a essa turma do Michel Temer, os ministros palacianos são verdadeiras freiras em convento. A diferença é a seguinte: estamos querendo recompor o nosso governo, construir uma outra base para reiniciar o governo da presidente Dilma.;

Para o senador do PT, os conhecedores do funcionamento de Brasília sabem o que significa articular um novo governo com os aliados usados por Temer. ;Se vocês conhecerem Brasília, vocês sabem do que eu estou falando. Eu estou falando de Geddel, de Eliseu Padilha, de Sandro Mabel e de Eduardo Cunha. Se vocês conversam em Brasília, vocês sabem a diferença.;

Contagem

O deputado Bruno Araújo (PSDB-PE) garantiu hoje que existem pelo menos 361 colegas favoráveis ao impeachment de Dilma Rousseff, mais que os 342 necessários. ;Minha grande curiosidade é saber quanto vamos passar acima dos 361 votos;, disse.

Ao contrário, o senador Paulo Paim (PT-RS) disse que as informações que os aliados na Câmara têm é que as listas internas revelam ao menos 178 votos contrários. Ou seja, com isso, os opositores teriam no máximo 335 votos, e não conseguiriam sair vitoriosos.

Ainda assim, caso o governo perca na Câmara, Paim diz que o Senado vai barrar o impeachment. Ele admite ser possível que os senadores deem continuidade ao processo inicialmente, o que afastaria Dilma por 180 dias. No entanto, Paim calcula que ;ninguém tem 54 votos; no plenário para que a presidente seja cassada definitivamente.

Apesar disso, a oposição já prevê um novo governo. O senador Ronaldo Caiado (DEM-GO) disse esperar que o novo governo corte os gastos da máquina administrativa.

O senador Romero Jucá (PMDB-RR) disse ser importante que o relator do processo de impeachment no Senado não deve ser nem do PT e nem do PMDB. ;A relatoria deveria ficar com outro partido para considerar a isenção do relatório;.

Colaborou Rosana Hessel