O líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani, acaba de orientar pelo voto sim no processo de impeachment de Dilma Rousseff, mas cobrou dos parlamentares que, a partir de segunda-feira (18/4), todos sentem à mesa para discutir o futuro do pais. "Não estamos aqui em uma partida de futebol. Estamos aqui hoje para decidir uma das sanções mais duras que existe no nosso ordenamento jurídico. Não é possível que as forças políticas não queriam sentar para conversar e buscar caminhos que tirem o brasil da crise onde ele esta", declarou o líder peemedebista.
Picciani agradeceu a bancada do partido por entender que ele e outros parlamentares da legenda tenham uma posição pessoal diferente da opinião da maioria, indicando que votará contrário ao afastamento da presidente. Estrategistas do governo já admitem que será muito duro reverter a votação desfavorável ao planalto na tarde de hoje. No PP, por exemplo, o governo deve conseguir no máximo sete votos, dos quatro da bancada baiana que são ligados ao ministro Jacques Wagner, além do voto do vice-presidente da Câmara Valdir Maranhão e dois dois deputados do Ceará. "A situação está difícil, mas ainda estamos trabalhando até o fim", admitiu o petista Arlindo Chinaglia (SP).