O outro requerimento pede que a defesa tenha mais uma oportunidade de se manifestar. O ministro já tinha apresentado pedido semelhante a Cunha, mas foi negado, considerando que a acusação era aquela que foi feita pelos subscritores da denúncia original. ;Só que o Supremo decidiu que não. [Decidiu] Que o que será votado é o parecer da comissão, e é ele quem materializa a denúncia, então a defesa tem que falar depois do parecer, sob pena de haver desrespeito ao direito de defesa. Haverá um grave cerceamento da defesa;, afirmou. Da forma como está definido o cronograma por Cunha, a defesa de Dilma não falaria mais até a votação. Cardozo quer voltar a se manifestar depois da fala de Jovair Arantes (PTB-GO), prevista para abertura da sessão de votação no domingo, 14h.
Miguel Reale Júnior também se manifestou, depois de deixar o plenário, e voltou a defender que houve crime de responsabilidade por parte do governo Dilma. "O Brasil entrou no cheque especial, ficou na lona. Começou o processo inflacionário e o brasileiro tem perda de seu salário. Isto é consequência da pedalada", afirmou. O jurista ainda afirmou que o governo "não tem mais cartas na manga" e lembrou que o julgamento do processo está agora nas mãos dos deputados "que estão sensíveis à população".
Depois do momento das exposições de 25 minutos de hoje, com os argumentos de cada um dos lados, os partidos estão se revezando, com direito a 1 hora de manifestação, podendo ter o tempo dividido entre até cinco parlamentares. A sessão deve se estender pela madrugada. Depois dos 25 partidos, parlamentares que se inscreveram individualmente falarão por três minutos, no sábado (16), em sessão marcada para ter início às 11h.