O Supremo Tribunal Federal julga, em sessão extraordinária nesta quinta-feira (14/4), o mandado de segurança enviado pela Advocacia-Geral da União (AGU) para anular o processo do impeachment contra a presidente Dilma Rousseff - marcada para este domingo (17/4), na Câmara dos Deputados. O relator do mandado é o ministro Luiz Edson Fachin.
Após ajuizar a ação, o advogado-geral da União, ministro José Eduardo Cardozo, negou que tenta ganhar tempo diante a votação no plenário do impeachment da presidente. "Apenas estou lutando pelo que acho justo". Contudo, Cardozo admitiu que poderá acionar o Supremo com novas liminares. "Esse é o primeiro pedido da presidente", disse.
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A decisão do governo, protocolada hoje, ocorreu após debandada da base aliada para rejeitar a ação de impeachment contra a presidente, que teme não ter os 172 votos necessários na Câmara. A data escolhida tem como objetivo garantir a análise da ação por um ministro da Corte e impedir a realização da votação de domingo. Receoso de "gastar as fichas" no Supremo, o Palácio do Planalto teme que isso cause um efeito negativo na Câmara, caso a ação fosse rejeitada. Nas últimas semanas, integrantes do STF deram indicações que a Corte não pretendia interferir no processo de impeachment.
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