Após a decisão do PP de abandonar a base do governo, o ministro da Integração Nacional, Gilberto Occhi, entregou ontem sua carta de demissão à pasta. Em respeito à decisão da legenda ; pela qual Occhi, que não é filiado, foi indicado ; o ministro vai deixar o cargo.
A carta de demissão foi entregue ao ministro-chefe do Gabinete da Presidência, Jaques Wagner, porque no momento em que esteve no Palácio do Planalto a presidente Dilma Rousseff participava de uma entrevista com dez editores de grandes jornais.
Meia hora depois, a presidente Dilma ligou para o ministro para agradecer a confiança, lamentou o que aconteceu e reafirmou a lealdade. Occhi vai continuar trabalhando até que a demissão seja oficialmente publicada no Diário Oficial da União.
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Depois da publicação, é esperado que Occhi se licencie por um tempo para cuidar melhor da saúde. A possibilidade de se aposentar também não está descartada. Occih é funcionário de carreira da Caixa Econômica Federal e recentemente passou por uma cirurgia por causa de um câncer de próstata.
Com a saída de Occhi, o secretário-executivo do Ministério da Integração Nacional, Carlos Vieira, vai assumir interinamente o comando da pasta. Carlos Vieira também é funcionário de carreira da Caixa Econômica Federal.
A debandada do PP se confirmou na última terça-feira (12/4) quando o presidente nacional do PP, senador Ciro Nogueira (PI), anunciou que os indicados deveriam entregar os cargos no governo como "gesto de grandeza", após o desembarque da legenda.
Occhi foi o primeiro a entregar o cargo. Os diretores gerais do Departamento Nacional de Obras contra a Seca (Dnocs) e da Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco (Codevasf), ambos indicados pelo PP, também devem entregar as pastas.