O líder do PSDB na Câmara dos Deputados, Antonio Imbassahy (BA), afirmou hoje (11/4), ao defender a abertura de processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff, que a chefe do governo cometeu crimes de responsabilidade fiscal e orçamentária. Além disso, segundo o tucano, Dilma feriu a Constituição e ;enganou as famílias;.
;O relatório [do deputado Jovair Arantes (PTB-GO), a favor do impeachment] é robusto, consistente e concluiu, de forma bastante clara, que a presidenta Dilma infringiu a Lei Orçamentária, a Lei de Responsabilidade Fiscal e praticou crimes de responsabilidade, tipificados na Lei 1079, de 1950. A presidente definitivamente violou a Constituição;, afirmou Imbassahy.
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De acordo com o líder do PSDB, os crimes praticados pela presidenta no mandato passado e no atual camuflaram a ;verdadeira; situação fiscal do país. ;Os crimes são de tal ordem graves que permitiram esconder a realidade das contas púbicas, que resultaram na crise que penaliza fortemente milhares de famílias brasileiras. Com desemprego recorde, inflação alta e perda de renda.;
Para Imbassahy, ao longo da campanha eleitoral, Dilma criou uma ilusão. ;Ao ocultar o rombo, a presidente mentiu às famílias, ao criar a ilusão de que elas poderiam manter seus filhos nas creches, nas faculdades e em outros programas sociais prometidos na campanha eleitoral.;
De acordo com o deputado, a ameaça de que, se a presidenta for afastada, acabariam com os programa sociais, como o Bolsa Família, demonstra o temor dos petistas com o resultado do processo de impeachment. ;É muito triste a gente assistir a deputados ameaçarem a população brasileira. Chegamos a um momento crucial desse processo. As reações agressivas revelam o temor de uma derrota iminente, hoje à noite, depois e no plenário.;
Imbassahy ironizou o PT ao lembrar que o partido votou contra a Constituição, em 1988, e foi autor de dezenas de pedidos de impeachment contra os ex-presidente Fernando Collor, Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso. ;Estamos a pouco tempo de uma grande decisão. Estamos diante no nosso juízo final, e a história não perdoa, não nos dará uma segunda chance;, enfatizou Imbassahy, ao defender a abertura do processo de impeachment na comissão especial criada na Câmara para avaliar o pedido de afastamento de Dilma Rousseff da Presidência da República, apresentado por três juristas.